O sadomasoquismo: Como identificar um sadomasoquista? Confira tudo o que é preciso saber sobre este tipo de fetiche e prática sexual, aqui nessa página!
Apesar de parecer ser um termo pouco conhecido, a verdade é que o sadomasoquismo é mais popular do que aparenta. O que antes era visto apenas como um hábito decorrente de traumas psicológicos e físicos, atualmente, é visto como uma alternativa para estimular o lado sexual e intimidade do casal, atendendo a fantasias eróticas de forma segura para ambos os envolvidos na prática, desde que sejam impostos limites.
No entanto, há muito mais sobre o universo sadomasoquista do que se pode imaginar, por isso, para ajudá-lo a esclarecer as principais dúvidas sobre o assunto, confira os tópicos a seguir:
O que é sadomasoquismo?
De onde vem o sadomasoquismo? Há uma relação complementar e simétrica entre sadismo e masoquismo que, neste caso, são dois lados da mesma moeda, dois pólos da mesma parafilia (obsessão por práticas sexuais socialmente não aceitas), cujas formas ativa e passiva em que se manifestam, eles coexistem e se encontram no mesmo assunto.
Segundo Freud (neurologista e psiquiatra): “Quem tem prazer em infligir dor aos outros nas relações sexuais também é capaz de desfrutar a dor como um prazer que dela pode derivar. Um sadomasoquista é ao mesmo tempo um masoquista, embora os aspectos ativos e passivos da perversão possam ser mais fortemente desenvolvidos nele e construir sua atividade sexual predominante”.
Partimos, portanto, do transtorno do sadismo em que, como mencionado acima, o prazer deriva de ver a vítima sentir dor.
O sadomasoquismo, portanto, é considerado por Freud como uma das grandes polaridades que influenciam e caracterizam a vida sexual, seja nos casais homem-mulher, ativo-passivo, entre outros.
Especificamente, as práticas BDSM consistem em práticas sexuais incomuns que pode envolver interpretação de papéis, restrições físicas, mudanças de poder e, às vezes, indução de dor. O termo indica uma ampla gama de práticas relacionais e/ou eróticas que permitem compartilhar fantasias sexuais baseadas na dor, desequilíbrio de poder e/ou humilhação entre dois ou mais parceiros adultos, e que obtêm satisfação e prazer dessas práticas.
O objetivo final de um relacionamento desse tipo é o bem-estar das partes envolvidas, o que não leva necessariamente ao prazer sexual. Em alguns casos, o foco está na satisfação mental completa, em vez de atingir o orgasmo.
Sadomasoquismo significa que a pessoa é sádica (gosta de ver os outros sentindo dores ou sendo humilhados) ao mesmo tempo em que é masoquista (gosta de obter prazer através da dor).
Como identificar o sadomasoquista
As práticas de sadomasoquismo envolvem o uso de estimulação física ou psicológica e são frequentemente associadas à dor e/ou poder para produzir excitação e satisfação sexual.
Portanto, quando uma pessoa sente prazer em ver o outro sentindo dores ou sendo humilhada, além de obter prazer através destes mesmos fatores, pode ser considerada como um sadomasoquista.
Sadomasoquismo é doença?
No passado, tais atividades eram associadas à psicopatologia, mas estudos recentes mostraram que o sadomasoquismo não se enquadra na categoria de transtornos mentais, e se praticado de forma consentida e sem criar situações negativas de estresse, não é necessário o diagnóstico clínico.
No entanto, no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, o sadismo e o masoquismo de onde se origina são considerados transtornos parafílicos e de identidade de gênero, enquanto o sadomasoquismo, embora contenha ambos os transtornos, não podem ser considerados como tal.
Mas, fazem parte da classificação de parafilias caracterizadas por fantasias e impulsos recorrentes e excessivamente intensos e comportamentos sexualmente excitantes, que envolvem sofrimento físico e/ou humilhação de si mesmo ou do parceiro.
Como praticar BDSMS?
Um estudo científico afirma que os praticantes de BDSM (Bondage, Dominação, Submissão/Sádico/Sadomasoquista, e Masoquista) não são psicopatas. Aqueles que se envolvem em relacionamentos semelhantes geralmente são extrovertidos, abertos a novas experiências, autoconscientes e menos neuróticos do que aqueles que são comumente chamados de “normais”.
Esses sujeitos que gostam do sadomasoquismo, não têm medo de comunicar seus desejos sexuais ao parceiro, mesmo os mais peculiares, justamente porque sabem exatamente o que querem, para que o parceiro vivencia as relações físicas e emocionais com menos frustração. Para colocar suas fantasias em prática, o primeiro passo é se abrir com seu parceiro, indicando detalhadamente seus gostos e desejos.
Basicamente, deve ser feito um acordo entre os dois, deixando claro o que não pode ser feito durante o relacionamento e, acima de tudo, sublinhando que existe a possibilidade de mudar de ideia a qualquer momento e por qualquer motivo.
Para tal, considera-se necessário definir uma “palavra de segurança” a utilizar caso pretenda interromper uma determinada prática.
Os praticantes, de fato, podem desempenhar diferentes papéis durante uma prática sadomasoquista como, por exemplo, o papel do mestre (DOM , ou seja, aquele que exerce o controle), o papel do submisso (SUB, a outra pessoa que se deixa ser dominada), ou, dependendo das circunstâncias, pode ocorrer a Switch que leva o nome de inversão de papéis.
Nas primeiras vezes, no entanto, geralmente se começa com algo tão leve quanto umas palmadas, e depois passa para o uso de acessórios, práticas mais avançadas, e dominação real em um momento posterior. O que se considera importante é dar rédea solta às próprias fantasias aos poucos, sem experimentar imediatamente nenhum tipo de experiência intensa demais.
Também é extremamente fundamental que não haja nenhum tipo de coação: tudo deve ocorrer por consenso e em plena liberdade.
No sadomasoquismo, seja uma relação sexual ocasional ou uma relação estabelecida ao longo do tempo, a primeira coisa que cada uma das pessoas envolvidas deve fazer é escolher se quer ser a pessoa dominante ou a submissa.
Conforme explicado acima, aqueles que estão interessados em ambas as funções são referidos pelo termo switch. Um interruptor pode decidir dominar uma pessoa e ser submisso à outra (simultaneamente, ou em diferentes momentos de sua vida), ou ainda ir a busca de um ou mais interruptores com os quais deseja viver uma fluidez de papéis.
A relação entre aquele que domina e aquele que decide se submeter chama-se DOM e SUB. Aqueles que, por outro lado, não têm interesse em realizar a dinâmica de Dominação e Submissão é chamado de “top” se negociam pelo papel ativo ou “bottom” se, por outro lado, preferem sofrer.
Contrariamente, o termo de mestre é definido como os sujeitos que mantêm uma relação contínua no tempo em que a parte D/S é predominante.
Muitos dos sujeitos que praticam essas atividades sexuais relatam que “na maioria das vezes” ou “quase sempre” essas práticas estão associadas a:
- Sentido de liberdade;
- Sensação de prazer, realização ou prazer;
- Prática de habilidades pessoais;
- Sensação de relaxamento ou redução do estresse
- Extroversão/exploração;
- Uma mistura de sentimentos e emoções positivas.
Como podemos ver, existem vários tipos de práticas sadomasoquistas que também utilizam símbolos muito específicos.
Lembre-se sempre de que a prática deve ser consensual e ter limites impostos, caso comece a observar que está sendo desrespeitado ou que está sentindo desejos cada vez mais complexos, consulte um terapeuta sexual para obter orientações.
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