A hepatite B na gravidade pode aumentar riscos de transmissão ao bebê. É crucial vacinar-se e, se necessário, seguir tratamento específico para proteção.
Compreender a interface entre a hepatite B e a gravidez é crucial para a saúde tanto da mãe quanto do bebê. A hepatite B é uma infecção viral que afeta o fígado e pode levar a complicações graves seja na gestação ou fora dela.
Quando tomar a vacina da hepatite B
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A vacinação contra a hepatite B é um pilar fundamental na prevenção da transmissão vertical do vírus (da mãe para o bebê no momento do parto). Idealmente, a vacina deve ser administrada antes da gestação, mas a vacinação pode ocorrer em qualquer fase da gravidez ou até mesmo durante o período de amamentação sem qualquer risco adicional para o bebê. Se a mulher planeja engravidar e nunca foi vacinada ou se sua situação vacinal é incerta, é aconselhável realizar os exames de sorologia para a hepatite B. Caso sejam negativos, a vacinação deve ser completa, o que tipicamente envolve três doses ao longo de seis meses. Para mulheres já grávidas, a vacinação deve ser discutida e avaliada caso a caso junto a um especialista de saúde.
Como tratar a hepatite B na gravidez
O tratamento da hepatite B durante a gravidez requer um equilíbrio cuidadoso para proteger tanto a saúde da mãe quanto a do bebê. A decisão de iniciar ou não o tratamento durante a gravidez dependerá de vários fatores, incluindo o nível de DNA viral, a função hepática e a presença de qualquer sintoma ou dano ao fígado. Em alguns casos, o tratamento antiviral pode ser recomendado para reduzir o risco de transmissão vertical. Medicamentos como o tenofovir são considerados seguros durante a gravidez e podem ser prescritos para diminuir a carga viral. É vital que o tratamento e acompanhamento sejam feitos por uma equipe multidisciplinar que inclui obstetras, hepatologistas e pediatras.
Riscos da hepatite B na gravidez
A infecção pela hepatite B na gravidez pode acarretar em uma série de riscos tanto para a mãe quanto para o bebê. Para a mãe, os riscos incluem o desenvolvimento de cirrose e carcinoma hepatocelular. Para o bebê, o principal risco é a transmissão vertical, que pode ocorrer durante o parto. Aproximadamente 90% dos bebês infectados no nascimento desenvolverão infecção crônica, o que aumenta significativamente o risco de complicações graves, como cirrose e câncer de fígado na vida adulta. Portanto, identificar e gerenciar a hepatite B durante a gravidez é crucial.
Como garantir que o bebê não será contaminado
Para garantir que o bebê não seja contaminado, é essencial adotar uma série de medidas preventivas ao longo da gestação e no momento do parto. Uma das mais eficazes é a administração de imunoglobulina contra hepatite B (HBIG) e a primeira dose da vacina contra hepatite B nas primeiras 12 horas de vida. Essa combinação tem mostrado ser altamente eficaz na prevenção da transmissão vertical. Além disso, o acompanhamento da carga viral materna e, quando indicado, o uso de antivirais no terceiro trimestre da gestação podem reduzir significativamente o risco de transmissão. O acompanhamento cuidadoso do bebê após o nascimento, com testes para a hepatite B e a conclusão do esquema vacinal, é fundamental para garantir a proteção.
Sintomas da hepatite B na gravidez
Muitas mulheres com hepatite B podem não apresentar sintomas, especialmente nas fases iniciais da infecção. Quando presentes, os sintomas são semelhantes aos observados em outros pacientes, incluindo fadiga, desconforto abdominal, febre baixa, icterícia (amarelamento da pele e dos olhos), urina escura e fezes claras. No contexto da gravidez, tais sintomas podem ser confundidos com outras condições gestacionais, tornando o diagnóstico um desafio. Portanto, é vital que todas as gestantes realizem o rastreamento para a hepatite B como parte do pré-natal, independente da presença de sintomas, permitindo a identificação precoce e a adoção das medidas necessárias para a proteção da saúde tanto da mãe quanto do bebê.
Este conteúdo não deve ser usado como consulta médica. Para melhor tratamento, faça uma consulta com um médico.
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