Coito interrompido: O que é e quais são os riscos? Conheça as principais informações sobre esse ato realizado durante a relação sexual!
O coito interrompido é uma prática muito difundida mesmo entre os jovens, o qual faz com que ocorra maiores riscos de gestações indesejadas e doenças sexualmente transmissíveis. No entanto, muitos casais utilizam o coito interrompido como método contraceptivo, embora seja uma prática muito imprudente.
Inclusive, o coito interrompido é considerado também como um fetiche sexual, assim como o Creampie. Confira mais informações sobre o assunto a seguir:
O que é Coito Interrompido?
Conteúdo
Vamos começar explicando o que comumente chamamos de ejaculação, o qual é um fenômeno complexo coordenado pelo sistema nervoso central e periférico e pelo sistema endócrino.
A ejaculação é composta por duas fases que se sucedem em sequência: a primeira fase é chamada de emissão, a qual é a fase em que o líquido seminal se acumula no trato urinário, a segunda fase é chamada de expulsão ou ejaculação propriamente dita.
O fluido seminal é expelido para fora, por meio de contrações rítmicas dos músculos do assoalho pélvico e que está associado à sensação agradável chamada orgasmo. A primeira fase está sob controle voluntário, enquanto a segunda fase é caracterizada por ser inevitável.
O coito interrompido é considerado um método contraceptivo natural, no sentido de que não interfere na função reprodutiva fisiológica, nem coloca barreira entre o líquido seminal e o canal cervical; ou seja, a prática do homem de retirar o pênis da vagina durante o coito penetrativo, quando sente que a ejaculação é iminente, ou seja, antes que ocorram as contrações musculares que facilitam a saída do fluido seminal.
De forma resumida, o coito interrompido é o ato de retirar o pênis da vagina e “gozar fora”.
Coito Interrompido funciona no período fértil?
Cerca de um quinto das relações sexuais ocorre usando o coito interrompido como método contraceptivo. Isso significa que cerca de 20% das relações sexuais ocorrem usando um método inseguro tanto para proteção contra gravidez indesejada quanto para infecções sexualmente transmissíveis.
Este é um fato particularmente significativo, especialmente se pensarmos que é uma prática também utilizada pelos jovens, mesmo em suas primeiras experiências sexuais.
Gestação indesejada
Quais são os riscos de praticar o coito interrompido? Os riscos estão obviamente ligados ao fracasso do método. O risco de engravidar com coito interrompido varia de um mínimo de 4% e 5% até aproximadamente 18% a 20%.
Dissemos que a eficácia do método está ligada à capacidade do homem de reconhecer a iminência da ejaculação e de retirar em tempo suficiente para que a ejaculação ocorra fora da vagina, portanto o risco aumenta com o aumento da inexperiência dos casais e principalmente do homem.
Pelo que foi dito antes a respeito da fisiologia da ejaculação, fica claro que a segurança vai na linha de reconhecer os sinais de alerta da ejaculação iminente. Essa capacidade de reconhecer e controlar também é adquirida através da experiência sexual e da capacidade de ler os sinais do corpo. Os jovens podem achar mais difícil nesse sentido, mesmo sem ter uma percepção clara disso.
Doenças sexualmente transmissíveis
Outra mensagem importante a destacar é que o coito interrompido não protege de forma alguma das doenças e infecções sexualmente transmissíveis e isso deve ser lembrado em termos de riscos à saúde.
As infecções sexualmente transmissíveis são um problema importante e generalizado, às vezes subestimado justamente porque muitas vezes ocorrem de forma assintomática, por isso fica claro que uma prática como o coito interrompido pode ser uma fonte de disseminação de ISTs e DSTs.
Ansiedade e estresse
Outro fator a considerar são as implicações sexuais de um hábito que o obriga a exercer um controle considerável sobre a ejaculação e, portanto, sobre si mesmo.
Quando a ejaculação e o orgasmo estão se aproximando, não se pode deixar levar pela sensação, nesse momento é necessário se controlar e a responsabilidade pelo que acontece é precisamente baseada nesse tipo de controle; isso pode levar ao desenvolvimento de ansiedade e estresse relacionados à relação sexual, o que pode piorar a qualidade da própria relação sexual.
Para que esse método de contracepção funcione, é importante que haja boa harmonia e comunicação efetiva no casal, o que facilita a manutenção do contato entre os dois quando o parceiro se afasta e se entrega ao prazer. Além disso, outro aspecto importante é que o casal está ciente e aceita o risco de um método com grande margem de insucesso.
Como fazer coito interrompido?
Deseja saber como fazer coito interrompido? Se mesmo após conhecer o que é e quais são os riscos envolvidos nesse ato durante a prática sexual, você tiver interesse em realizá-lo, será preciso ter em mente quais as principais dicas de como fazer e os cuidados necessários.
Treine durante a masturbação
Mesmo que ter uma relação sexual seja diferente e mais intenso do que a masturbação, uma ótima dica para treinar o coito interrompido é se masturbar frequentemente, a fim de conhecer melhor o seu corpo e conseguir identificar os sinais que indicam o momento da ejaculação.
Ao identificar os sinais da ejaculação, comece a treinar pausas e o controle muscular da região para não gozar neste momento. Desse modo, poderá aprender como controlar e realizar o coito interrompido.
Converse com sua parceira
Não adianta deixar para falar que esqueceu o preservativo e vai “gozar fora” na hora que esquentar o clima, pois o coito jamais deve ser usado como desculpa para fazer sexo desprotegido, uma vez que envolve o risco de gravidez indesejada e contaminação por doenças e infecções.
Sempre converse com sua parceira sobre a possibilidade antes. Além disso, é preciso saber se a mesma faz uso de algum contraceptivo para evitar a gestação.
Cuidados ao fazer o coito interrompido
Para fazer o coito interrompido é importante conversar com o parceiro sexual, pois será preciso saber se a mulher faz uso de contraceptivo para evitar o risco de uma gravidez indesejada.
Além disso, não é apenas a gravidez que é um grande risco, mas também a transmissão de doenças e infecções sexuais. No caso, converse com seu parceiro, será mais seguro se realizarem testes e exames para identificar doenças ou infecções sexuais, para ter certeza se podem fazer sexo desprotegido.
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